GOIÁS · 28/01/2025
Ex-presidente da Goinfra está preso em operação que investiga corrupção em contratos públicos
Ex-presidente da Goinfra está preso em operação que investiga corrupção em contratos públicos
Divulgação
Por A Redação
Policiais da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) prenderam nesta terça-feira (28/1) Lucas Vissotto, ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra), durante a operação “Obra Simulada”. A ação investiga supostos crimes cometidos na formalização e execução de um contrato administrativo firmado entre a Goinfra e uma empresa privada sediada no Distrito Federal, nos anos de 2023 e 2024.
Até o momento, oito pessoas foram presas. A operação cumpre um total de 114 mandatos judiciais, incluindo:
32 de afastamento de sigilos bancários, fiscais, telefônicos e telemáticos;
26 de bloqueio de bens e valores;
7 de proibição de
10 de proibição de contratação com o poder público (empresas investigadas)
24 mandados de busca e apreensão e
15 - mandados de prisão temporária em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal.
As diligências estão sendo realizadas em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal
Contrato investigado
O contrato em questão envolve a reforma de 26 prédios públicos do Governo de Goiás, com valor total de R$ 28 milhões. Relatórios técnicos da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), da Controladoria Geral do Estado (CGE) e da Gerência Estratégica da Polícia Civil .
De acordo com as investigações, a empresa contratada teria recebido pagamentos antecipados sem a realização suficiente das obras, além de compromissos de superfaturamento. O prejuízo inicial estimado ao erário público ultrapassa R$ 10 milhões, sem contar os custos adicionais para reconstruir estruturas demolidas que não foram reerguidas.
Lavagem de dinheiro
A polícia também comprometeu-se com a lavagem de dinheiro. Parte dos valores pagos antecipadamente à empresa contratada teriam sido específicos para outras empresas vinculadas a familiares e amigos do sócio, além de saques em dinheiro.
Histórico
Lucas Vissotto foi exonerado em abril de 2024 após o Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) apontar irregularidades em uma licitação do programa Goiás em Movimento, que indicavam um suposto superfaturamento de R$ 62 milhões.
As investigações seguem em andamento para apurar a totalidade dos danos ao patrimônio público.
Tags: #Lucas Vissoto #polícia civil #contratos
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