ECONOMIA · 02/02/2025
Incentivar ou Sufocar? O Futuro do Empreendedorismo no Brasil em Jogo
Empreender no Brasil: um desafio de resistência! Leia a matéria e entenda por quê.

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Imagem: Macro, Roda dentada, Engrenagem. De utilização gratuita.
Por Hemerson Joca
No Brasil, a jornada do empreendedor muitas vezes se assemelha a uma odisseia, não apenas pela dificuldade, mas pela profunda injustiça que permeia o sistema. Os ventos da adversidade, em vez de incentivarem o crescimento, os ventos sopram na contramão, trazendo burocracias, altas cargas tributárias e uma infraestrutura precária que mina o potencial de inovação e desenvolvimento do país. E para ilustrar a crueldade dessa realidade, temos o custo e a qualidade da energia elétrica como um exemplo emblemático.
A esperança de uma solução surge com a proposta de isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços); para as industrias temos também o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) – o IPI com alíquotas variáveis de 0% a 30% dependendo da NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), com casos em que é zerada. Mas, essas complexidades tributárias, com seus inúmeros impostos e alíquotas, acaba por encarecer os produtos, tornando-os menos competitivos no mercado global, e, no final das contas, a corda sempre arrebenta para os consumidores.
Mas se não bastasse a questão tributária e energética, o Brasil ainda enfrenta deficiências em tecnologias fabril. A revolução 4.0, essencial para a competitividade com maquinários de alta tecnologias e automação, se mostra inacessível aos pequenos e médios empreendedores. Soma-se a isso a mão de obra deficitária e uma legislação trabalhista onerosa, que dificultam a gestão da produção e encarecem os custos.
O resultado dessa equação? Produtos brasileiros que perdem competitividade para países vizinhos, como o Paraguay, onde a carga tributária não ultrapassa os 10%.
E, após uma verdadeira maratona de investimentos, trabalho e renúncias, o empreendedor Brasileiro se depara com o Leão do Imposto de Renda, que abocanha 27,5% de seu suposto lucro, um valor exorbitante que serve para sustentar um sistema de governo repleto de ineficiência, inoperância e corrupção.
Diante desse cenário caótico, surge a pergunta que não quer calar: vale a pena ser gerador de emprego e renda em um país que parece dificultar o sucesso do empreendedor? É justo que os esforços e riscos desses empreendedores se traduzam em recursos para um Estado que não os administra com transparência e eficiência, e que parece que o Estado esta mais interessado em distribuir uma renda que ele não produz?
A resposta é complexa e perpassa por uma revisão urgente do sistema tributário, da legislação trabalhista e das políticas de incentivo ao empreendedorismo. É preciso construir um ambiente de negócios mais favorável, com menos burocracia, mais incentivos e mais segurança jurídica. E, acima de tudo, é preciso que o Estado valorize quem empreende, reconhecendo que os empreendedores são peças-chave para a construção de um futuro mais próspero e justo para o Brasil.
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