ECONOMIA · 23/02/2025
Saci pererê cruza as Pernas em Padre Bernardo.

Hemerson joca
Por Hemerson Joca
Na última semana, o município de Padre Bernardo, localizado no interior de Goiás, tornou-se palco de uma polêmica que mistura finanças públicas e uma queda de braço entre prefeito e PABPREV- Previdência social de Padre Bernardo-Go.
Onde um vídeo foi divulgado nas redes sociais e trouxe à tona uma declaração do prefeito sobre a situação financeira do município. Em tom alarmista, ele afirmou que o caixa da prefeitura estava à beira do colapso, ameaçando reduzir horários de funcionamento de postos de saúde na região da vendinha e ouro verde, fechar o Vapt Vupt e cortar repasses de convênios com creches e outras entidades do terceiro setor. A fala causou comoção entre os presentes, gerando debates acalorados sobre o futuro dos serviços essenciais na cidade. Mas, surpreendentemente, apenas seis dias após o discurso apocalíptico, veio o anúncio de uma grande festa de carnaval com mega estrutura , incluindo palcos, som e atrações. O contraste entre a suposta crise financeira e a decisão de realizar uma festa milionária deixou muitos cidadãos perplexos. A pergunta que paira no ar é inevitável: de onde vem o dinheiro para custear tudo isso?
Para alguns, a resposta pode estar numa velha estratégia política conhecida como "pão e circo". Desde os tempos do Império Romano, governantes utilizam eventos grandiosos e entretenimento para desviar a atenção das questões urgentes e conquistar popularidade. No caso de Padre Bernardo, a promessa de um carnaval animado foi colocada em prática rapidamente, enquanto os problemas estruturais permanecem sem solução. Mas nem todos engoliram a narrativa apresentada pela gestão municipal. O vereador Thiago da Farmácia, conhecido por sua postura, para uns autêntica e para outros polêmica soltou uma frase emblemática ao comentar a situação: "Eu não negocio com terrorista." Para ele, as ameaças de cortes e o discurso de crise extrema tinham como objetivo pressionar os vereadores a aprovar medida de interesce do Executivo. E agora, com a revelação do investimento robusto no carnaval, fica evidente que o suposto "colapso" pode ter sido apenas uma jogada estratégica para manipular opiniões e decisões políticas.
Enquanto isso, a população segue pagando a conta literalmente. Seja através de impostos ou pela falta de melhorias nos serviços públicos, são os cidadãos que arcam com as consequências das escolhas feitas pelos gestores. E, diante dessa realidade, resta aos moradores de Padre Bernardo acreditar em milagres ou no folclore. Como diz a lenda. Do saci pererê, com seus truques e travessuras, talvez seja o único capaz de cruzar as pernas e resolver essa confusão toda. Quem sabe ele não apareça por lá para dar um jeito nas contas públicas e devolver o equilíbrio à cidade?
Até lá, o povo de Padre Bernardo terá que decidir se embarca no clima de festa ou se questiona mais profundamente as prioridades dos seus governantes. Afinal, diversão é importante, mas saúde, educação e bem-estar social não podem ser sacrificados em nome de um momento de euforia passageira.
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