MUNDO · 30/09/2019
Forever 21 pede recuperação judicial para não fechar as portas
O avanço do comércio online obriga famosas lojas se reestruturarem para não decretar falência
Ben A. Pruchnie/Getty Images
Vitrine da Forever 21
Por Redação Tribuna Livre
A empresa americana de moda Forever 21 anunciou neste domingo (30/09) que recorreu ao "Capítulo 11" da lei americana de falências, que permite manter o controle e posse de seus bens enquanto administra uma reestruturação, ou seja, a rede entrou com pedido de recuperação judicial para tentar evitar uma falência.
Em comunicado oficial, a Forever 21 informou que deverá fechar entre 300 e 350 lojas em todo o mundo, sendo 178 somente nos Estados Unidos. Ao todo, a empresa possui mais de 800 lojas espalhadas nos EUA, Ásia, Europa e América Latina. No Brasil ela atua desde 2014.
A Forever 21 foi fundada em 1984 na badalada Los Angeles pelo casal sul-coreano Do Won e Jin Sook Chang e se tornou a queridinha das adolescentes nos Estados Unidos por ter um preço acessível e priorizar a qualidade e modelos similares às de grandes marcas de moda.
Competindo com empresas como H&M e Zara, a rede iniciou uma expansão agressiva no setor de roupa masculina e calçados após a crise econômica de 2008.
Apesar da ousadia e de um trabalho consolidado, analistas consideram que a Forever 21 falhou ao não reagir ao avanço das vendas online, além de não perceber a mudança de atitude dos consumidores no ambiente das redes "fast fashion", segundo análise da Agência France Presse.
Desde 2017, várias redes de lojas varejistas entraram com pedido de recuperação judicial nos EUA .