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Tribuna Livre Goiás
POLÍTICA · 31/01/2020

Opinião: o desenvolvimento do processo eleitoral por meio das redes sociais


Por Redação Tribuna Livre

No dia 4 de outubro do ano que vem, os quase 147 milhões de eleitores brasileiros irão às urnas para escolher os novos prefeitos e vice-prefeitos de suas cidades, bem como os vereadores que atuarão nas casas legislativas municipais. O segundo turno do pleito está marcado para o dia 25 do mesmo mês.

O Tribuna Livre Goiás falou com a Influenciadora Digital e Especialista em Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano, Mariana Gidrão, sobre a relevância das redes sociais nesse cenário político. 

Confira:

O desenvolvimento do processo eleitoral por meio das redes sociais 

No desenvolvimento do processo eleitoral por meio das redes sociais não dá pra colocar só 2018, que é quando a gente vê no Estado de Goiás uma mudança de um governo de 20 anos, elegendo Caiado como governador e descredibilizando a força de um antigo governo onde o líder maior era Marconi Perillo, vindo com um histórico de muita corrupção.

Da mesma forma, a gente vê em nível federal, e o próprio o próprio PT, que era o partido que dominava no âmbito federal perdendo muita força. Nesse mesmo período a sociedade passa a eleger um novo presidente com uma nova roupagem, uma nova ideologia.

Mas isso não veio das eleições de 2018.  A gente já vem de um processo entre 2013 e 2014, onde observa-se uma sociedade civil organizada, os cidadãos trabalhando em manifestos. E esses manifestos de rua foram tomando força e boa parte dessa força é oriunda exatamente da mobilização nas redes sociais. Então é um processo crescente. 

Não foi simplesmente instalando os dedos. Houve uma indignação e uma percepção da sociedade onde a ferramenta, o celular, o computador, as redes sociais, a internet poderia sim otimizar essa revolta. 

Como influenciadora, você vê importância das mídias sociais no processo eleitoral? 

Hoje as redes sociais têm ainda mais força, tanto pra construir a imagem de um cidadão de um político, de uma figura pública, quanto destruir e desconstruir. Essa explosão das redes sociais no contexto político acaba causando sim influência e muitas vezes maior que a dos jornais convencionais. E se eu concordo com isso? eu concordo sim. 

Com a “explosão” das redes sociais no meio político, você concorda que muitas vezes os conteúdos compartilhados chegam a ter mais influência do que jornais convencionais? 

Eu vejo que a sociedade apenas ligando uma televisão ou lendo um jornal, ela não tinha o direito de se posicionar. Era apenas o que era oferecido. 

A partir do momento em que entram as redes sociais, a sociedade começa se revoltar, começa a se apresentar. Então com certeza as redes sociais têm uma influência. Grande. Tanto que hoje a gente vê não só no meio político, mas nós chamamos de influenciadores digitais quando existe um engajamento, quando existe uma concordância. 

Quais cuidados devem ser tomados por políticos, eleitores no meio da política digital?

O principal cuidado é buscar pela veracidade das informações. Existem cidadãos de todos os lados. Politicamente, a gente fala de partidos de esquerda direita, ideologias, mas a sociedade, modo geral está buscando a verdade. Durante muitos anos a “verdade” era imposta, ela era apresentada sem o direito de questionamento. Hoje, com as rede sociais, o cidadão tem o poder de questionar. Mas quando você questiona você realmente tem que buscar em sites e fontes de credibilidade. 

A gente sabe que o político pode inventar tudo sobre ele ou sobre outra pessoa. E o eleitor tem que ter cuidado. Não só ele, o político também tem que ter cuidado com aquilo que ele fala. O marketing dele pode ser lindo e maravilhoso, mas se na essência, se na prática ele não for aquilo ali, as pessoas vão saber e vão queimá-lo. Da mesma forma se ele fizer algo importante e relevante: a sociedade vai promovê-lo. 


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